20.11.09

Liberdade responsável.

"Nem tanto ao mar, nem tanto à terra!"
Este é um provérbio mais do que
conhecido no Brasil e tem por objetivo ensinar que todo excesso é letal. A intenção aqui não é sufocar nada nem expandir a tudo! O que temos que aprender de uma vez por todas é que somos uma espécie de "mistura" de contrastes que, na verdade, são o fio da navalha.
Por exemplo: Não é contrastante que sejamos capazes de ir à Lua desde mil novecentos e sessenta e nove e ao mesmo tempo ainda não fomos capazes de vencer um simples vírus vomo o HIV que possue tamanho tão ínfimo que caberia, por exemplo, um bilhão deles na cabeça de um simples alfinete? O que há afinal conosco, seres humanos que... ao mesmo tempo em que sabemos muito sobre o Espaço Sideral sabemos tão pouco , quase nada, sobre às profundezas dos nossos Oceanos? Por quê somos instigados pelo o que está distante e indiferentes pelo o que está próximo? Será que apaziguar o conflito entre Israel e a Palestina é mais prioritário para cada um de nós do que fazer-mos as pazes com o vizinho com quem tivemos um desentendimento por causa de um pequeno vazamento de água? Ontem assisti a um programa da TV Globo: "Por toda minha vida" - Tributo ao grande poeta contemporâneo por quem sempre tive, e continuo a ter, uma enorme adimiração: Cazuza! O grande Cazuza foi de forma trágica aquilo que alguns de nós temos sido na vida!

É comum vivermos como se ninguém pudesse nos impedir a nada. Mas... Seria a anarquia física, intelectual, social, ideológica e política o melhor caminho a seguir?

Enfim... Seria o "Tudo agora e o depois, vê-se depois" o caminho mais inteligênte e sensato a se percorrer por esta estrada curta que é a vida concedida pelo grande DEUS?

A verdade é que somos criaturas e não Criador!

Desta forma havemos de nos concentrar em entender e respeitar as Leis nas quais temos direitos e deveres ao mesmo tempo!

É por isso que iniciei este artigo citando um provérbio super conhecido no Brasil que nos remete à ideia de que não é o liberalismo irresponsável - nem o fundamentalismo ortodóxo - que agrada a Deus - mas sim, na minha modesta opinião, o equilíbrio entre a liberdade responsável e o respeito vital às intituições naturais da vida.

Minha pergunta não é: Fazer ou não fazer - mas sim... Afinal: O QUÊ ESTAMOS FAZENDO COM O NOSSO TEMPO...

- COM OS NOSSOS RECURSOS...

- COM A INFLUÊNCIA A QUAL NOS FOI DADA SOBRE A SOCIEDADE PENSANTE...

- COM A NOSSA SAÚDE...

- COM A NOSSO INTELECTO...

- COM AS BÊNÇÃOS ÀS QUAIS DEUS NOS TEM ABENÇOADO?

Enfim: De tudo o que tenho visto, a verdadeira virtude não está no  fazer tudo ao mesmo tempo nem muito menos no negligenciar o por fazer, mas sim no fazer o que está ao nosso alcance; no buscar o que fazer sempre no intuito de contribuir, acrescentar... Somar!

É para isto que estamos aqui: Para contribuir, para auxiliar, para confortar, para amar e...

- Para suportar!

Suportar não no sentido de sacrificar-se, necessariamente... mas sim no sentido de dar suporte, dar consistência, dar compactação, dar base, apoio, entende?

Dar suporte sim, mas... sem que para tanto não tenhamos que necessáriamente morrer pela causa.

A vida acaba - por assim dizer - parecendo-se muito com uma máxima absoluta do ciclismo:

 " Quer seguir adiante? Avance com boa velocidade e nunca penda demais para a direita nem para a esquerda: Apenas mantenha o equilíbrio e o rítimo, olhando sempre obstinadamente para frente!"

Autor: Claudio Selga.
Foto: Domínio público.

15.11.09

Marceli Lavinsc!

Há beleza e belezas! Todas tem o seu lugar. O que ocorre é que certas belezas conseguem calar às vózes mais críticas e céticas que toda e qualquer inveja possa levantar. Apenas como ilustração exemplifico aqui o que acabo de dizer. Esta é a inacreditavelmente linda Marceli Lavinsc! No Brasil é simplesmente impossível eleger uma garota que seja a mais bonita dentre todas, pois são tantas as beldades à vista no dia-a-dia que qualquer veredicto seria inevitávelmente falso ou no mínimo tendencioso. Poderia mostrar aqui muitos outros exemplos da nossa farta e inesgotável fonte de virtudes visuais como é o caso da belíssima Marceli; mas não o farei. Pelo menos não por ora, até para que você venha a acompanhar este Blog e se acostume a se deliciar com o que o nosso país tem de melhor: Suas inacreditáveis mulheres!

Autor: Claudio Selga
Foto: Marceli Lavinsc

12.10.09

É aqui!
























Eu ando tanto por aí, tantas ruas, tantas paisagéns, tantas luzes... tantas saudades também. Tantas pessoas, tantas cores, tantos sotaques - alguns tão engraçados!
É, eu ando tanto por aí que às vezes até me esqueço de que não pertenço a estes lugares e
ao mesmo tempo sinto-me como se dono fosse de todos eles. Há momentos em que me sinto tão só, há momentos em que me acho como que um intruso, um penetra! Por outro lado em tantos outros momentos tenho a certeza de que estou mais que em casa, como se de lá, donde muitas vezes nem sei exatamente estar, estivesse em meu território, no quintal da minha imaginação fértil! Gosto de estar por aí; andar pra cá, andar pra lá, falar qualquer coisa sem me preocupar, afinal nunca sei sequer se lá vou voltar a estar! É como se pudesse andar entre as mazelas urbanas sem me sentir culpado, sem me sentir responsável, simplesmente por não pertencer aquele lugar. Mas quando volto à minha cidade, tudo muda de posição, tudo toma a forma de outra situação. Agora não há mais desculpas, não pode haver mais omissão. Aqui tenho que ser eu, sem máscaras, sem indiferenças. Aqui tenho que lhe reconhecer, tenho que lhe cumprimentar, tenho que me responsabilizar... Tenho que lhe dizer a falta que você me faz, tenho que sorrir - sem fingir. Tenho que demonstrar o bem que você me faz, a paz que você me traz! Aqui, onde moro, onde lhe conheci... é aqui que eu devo estar, é aqui onde meu amor nasceu é que sinto ser o meu lugar... Junto a você, perto do seu ser... próximo ao alvorecer desta penumbra que se extingue sempre que falo consigo, sempre que não mais só me sinto...
Sempre que você está comigo... sempre que... que - Sempre!
É assim que você faz que eu me sinta: Eterno: Para sempre! Como se eu, por sua causa, pudesse viver pra todo o sempre, para toda vida; Sempre e sempre! Gosto muito de viajar por aí. Mas é aqui que me sinto eterno! É aqui que me sinto melhor porque, é aqui, em Vitória, que sinto estar mais perto... mais junto d'aquela que me deixa satisfeito e ao mesmo tempo inquieto; deixa-me alegre e ao mesmo tempo inseguro; Deixa-me em paz e ao mesmo tempo em polvorosa! Enfim, é aqui, onde lhe conheci que gosto mais de estar, gosto mais de respirar... gosto mais de confidenciar o fato de que é aqui que, por sua causa, gosto mais de amar!
É aqui que agora quero para sempre estar... enquanto você me quiser, enquanto meu coração você tiver, enquanto tua alma a minha retiver... será aqui, neste lugar, nesta cidade que pra sempre eu vou estar! Pra sempre vou lhe esperar!
Assim... não se apavore mas, por amor a nós, também não se demore, amor!
Autor: Cláudio Selga
Foto: Belas imagéns de Vitória ES

27.9.09

O reencontro

Esta semana foi para mim uma semana muito especial por uma razão única! Sem querer menosprezar os demais acontecimentos que me acometeram, houve um em particular que me causou grande satisfação e enorme alegria! Refiro-me ao reencontro, ainda que virtual, que tive o prazer de vivenciar ao descobrir em um site de relacionamentos aquele que certamente ocupa, dentre o meu seleto rol de amigos, um lugar de grande destaque. Trata-se do grande homem, amigo, colega de trabalho, companheiro de tantas chuvas e ao mesmo tempo de tantas risadas, Marcello Quege! Que saudades, amigo! Reencontrá-lo foi para mim motivo de grande alegria; alegria aliás, que com a sua partida diminuiu - e muito. Mas eu sei que sua partida era mais que necessária porque nosso país, pelo menos até então, não era capaz de perceber o seu talento que somente os mais atentos podiam notar. Marcellão, acredite no que vou lhe dizer agora pois o faço, Deus sabe, de todo o meu coração: Você merece cada coisa boa que lhe acontece! Sabe porquê digo isto? Não é porque sempre fui seu amigo e agora não me caberia comentário contrário, não. Não é por isso, não! É porquê, entre outras coisas, há uma que você mesmo se refere em sua página inícial do Orkut e que é uma das maiores verdades sobre você mesmo - e que é exatamente o que tento dizer agora; lá você diz com toda propriedade do mundo: "...tenho dezesseis anos de idade mental e sem previsão de melhora..." Cara, isso é a mais pura verdade sobre você e... por favor acredite Marcello, é isso o que faz de você essa pessoa absolutamente especial, absolutamente única, engraçada, inteligente, interessante e bonita! Feliz sou eu por conhecer alguém assim como você e poder dizer com o peito cheio - não de orgulho - pois aprendi que essa palavra só possui uma denotação e esta... negativa;  mas com o peito cheio de satisfação e alegria ao ponto de exclamar: Eu tenho um amigão, e o nome dele é Quege... Marcello Quege!

Valeu, irmão! Que Deus continue lhe abençoando como assim você o tem testemuhado e que a vida lhe reserve, pelo menos no que depender de mim, tudo... mas tudo mesmo de bom!

Autor: Cláudio Selga
Foto: Marcello Quege e família


7.9.09

Blade Runner - O caçador de andróides

Sou um apaixonado pelo cinema por motivos que certamente tomariam toda esta crônica sem que eu pudesse exaurir todas as razões que me fazem fã da sétima arte. Hoje decidi fazer uma espécie de tributo nostálgico aquela que foi, é, e será sempre uma das maiores obra-primas da cinematografia mundial! Como o título sugere, refiro-me a Blade Runner - O caçador de andróides. Para os que amam cinema certamente não é necessário entrar
em muitos detalhes que, para estes, não passariam de redundâncias mais que conhecidas pelos amantes da boa arte cinematográfica. Mas para os que não tiveram o prazer e o privilégio de assistir a uma das maiores obras do diretor Ridley Scott, aqui vai uma palinha: Blade Runner, filme baseado no livro "Do androids dream of eletric sheep"
de Philip K. Dirk, realizado no ano de 1982 e protagonizado por Herinson Ford e Rutger Hauer, trata de um momento da história humana em que a tecnologia que outrora era motivo apenas de orgulho, agora é razão de grande preocupação! A ficção reporta-se ao então distante ano de 2019, quando a humanidade vivendo um momento único entre a aceleração científica e a necessidade de realizar trabalhos considerados para além da capacidade física humana, constrói andróides que, embora impressionantemente parecidos com a raça humana, não possuíam as limitações da mesma, transformando-se assim em operários mais que habilitados para o trabalho árduo e difícil, em atmosferas e circunstâncias tão inóspitas para nós seres humanos, quanto o espaço sideral por exemplo, para onde, segundo o autor da trama, parece estar o futuro não promissor, mais único, para a humanidade.

É nesse cenário entre o caos e a a avançada tecnologia que ocorre um motim por parte dos andróides que, com certa autonomia de raciocínio, não se conformam com o breve limite de tempo dado a eles para sua própria existência: Quatro anos!

Insatisfeitos com tal limite de "vida", insurgem-se numa tentativa de encontrar o seu criador na expectativa de ampliar sua autonomia de existência. É quando surge o personagem de Herinson Ford - um policial aposentado, mas com grande experiência em captura de andróides - com a missão de conter a rebelião.

Na verdade a história é muito mais que um simples filme de ação em que vemos perseguições psicodélicas e estonteantes pelas ruas de grandes cidades. É, na verdade, um filme que nos faz refletir sobre nós mesmos, quando nos apanhamos investindo no velho questionamento do tipo: De onde viemos? Quem somos? Por quê estamos aqui? Para onde vamos? Qual é o nosso real propósito nesta vida? Enfim, todas estas questões tão comuns a nosso respeito e que foram transcritas através da linguagem literária de Philip K. Dirk e pela cinematográfica de Ridley Scott!

Além do elenco que está com uma atuação simplesmente fantástica - em especial Herinson Ford, como protagonista no papel de Deckard e Sean Young no de Rachael, faço aqui o maior dos meus elogios ao filme: Ainda que todos os aspectos do filme tenham feito eu me apaixonar por ele, jamais, e repito, jamais poderia encerrar este comentário sem citar aquele que foi, e será sempre, o aspecto que mais me impressionou nesta obra: A trilha sonora!

Totalmente elaborada pelo aclamado compositor grego - mesmo autor da trilha de Carruagem de fogo, com a qual ganhou o Oscar de melhor música de 1981 - Vangelis Papathanassiuo, em Blade Runner, com seus arranjos e adaptações de Clássicos como: (Love Theme; Main Title; One More Kiss, Dear) consegue, quase que de maneira sobre-natural, nos levar ao cume da trama como se para tal não fosse preciso visualizar os acontecimentos que se perpetuam e dão forma e consistência a todo o contexto do filme!

Em Blade Runner, mais do que nunca, é possível se perceber a relação entre o que se vê e o que se ouve em um filme! São ferramentas distintas na forma, mas coadjuvantes na mensagem que, quando manipuladas por quem é do ramo unem-se em prol do enrredo que é o responsável pelo desenvolvimento da ideia básica. Assim, o expectador que dispõe dessa sensibilidade é muito mais capaz de desfrutar do privilégio de -las juntas e de saboreá-las unidas conseguindo portanto absorver da trama um aspecto muito particular, muito pessoal, muito próprio ao ponto de acabar possuindo uma parte da obra para que nenhum cineasta jamais poderia oferecer por si só; jamais poderia transmitir solitariamente por uma razão muito simples: Este ângulo, absolutamente pessoal que você acaba obtendo, apartir do que você viu, entrelaçado com o que você ouviu, traduz-se em em um aspecto único agora marcado e registrado unicamente em sua memória...

- Blade Runner é muito mais que um filme!

 É, isto sim, um épico que nos faz refletir, questionar, arrazoar a respeito da nossa existência, da nossa estadia aqui... Neste lugar...

Nesta vida...

Nesta  grande e linda família chamada - HUMANIDADE!


Autor: Cláudio Selga
Foto: Blade Runner - O Filme


6.9.09

Rê, como eu gosto de você!


"Minha alma canta... Vejo o Rio de Janeiro..."

Nunca esperei receber um presente desta cidade. Mas qual não foi a minha surpresa quando num encontro mais do que fortuito conheci você! Tantos bares para eu entrar, tantas mesas para eu me sentar e no entanto, foi ao alcance dos seus olhos que eu me postei. Era pouco mais do que sete da noite. Eu,
cansado, impaciente e faminto. Você, linda, loira e sorrindo!
Sua imagem, não esqueço jamais: Vestia um azul anil!

À cintura podia-se ver um laço que fazia fronteira entre seu farto busto e o armonioso declive abdominal que moldava o seu modelito descendo até à altura dos joelhos.

Uma fina corrente de ouro repousava brilhante sobre seu colo.

Emoldurando seu rosto havia apenas um brinco. Notei que não usava maquiagem - menos mau, nunca gostei mesmo!

Sem poder acreditar percebi que você olhava em  minha direção!

Claro, não pude evitar uma olhada ao redor procurando alguém que pelo menos não estivesse vestindo um macacão náutico, cheio de graxa como eu.

Você percebeu e sorriu.

Acho que nunca me senti tão inseguro em toda minha vida - nunca dormi melhor também!

O resto da história você sabe tão bem quanto eu.

Não devia dizer isso, mas... é um risco que quero correr:

Até hoje, para mim, nosso encontro parece ter sido uma fantasia... um conto de fadas - Um romance inefável! Foi assim, desta forma extraordinária que esta sua cidade, que já exercia um fascínio todo especial sobre mim desde às minhas primeiras viagens que fiz para cá - e olha que foram muitas e muitas... e desde muito tempo atrás - hoje resolveu me presentear com o seu encanto, com o seu carinho, com o seu calor, com os seus beijos... com o seu amor!

Valeu, Rio...

Valeu, Rê!

Só uma mulher especial como você, para fazer um homem simples como eu perceber
o quanto ele pode ter, o quanto ele pode alcançar, o quanto ele pode ser  sem que
nunca antes o tenha sido!

É por isso que não posso mais chegar à sua cidade sem me lembrar
de você. Sem desejar ir ao Leme, caminhar por Cópa e depois beber um chope gelado no posto Um ao seu lado e... olhar... e olhar...

Olhar este seu mar... respirar esse seu ar e... finalmente sorrir!

Sorrir e sorrir, sem nada falar... só pela felicidade de poder olhar você, brindar o seu ser!

Agora posso entender o Tom quando sábia e poeticamente, dizia: "Rio, como eu gosto de você..."
Quanto a mim...

Digo apenas...

Rê...

- Como eu gosto de você, garota!!!!!!!!!


Autor: Cláudio Selga
Foto: Renata...

27.8.09

Liberdade! A maior prova de amor!


Às vezes faz-se necessária um prova de amor; na verdade, de uma grande prova de amor! Só assim, como a nota
sugere, será uma prova e não um balbucio, um engodo! As provas de amor sempre exigem muito de nós... às vezes, mais do que podemos suportar! Mas... por amor verdadeiro, da-mo-nos ao sacrifício que embora sempre seja doloroso é o único caminho capaz de retratar, de esboçar, de demonstrar e, quem sabe - E esse é o verdadeiro intuito - provar que realmente se ama!
O verdadeiro amor não guarda ressentimentos, não espera retorno, não cobra, não exige, não
vigia, não pede comprovantes... Apenas confia, deseja, projeta - Apenas ama e nada mais!
Todo o resto é pura consequência do que se ofereceu; e se o retorno não for o desejado, se o reflexo de tudo o que se depositou for absolutamente contrário a tudo o que se planejou e se almejou... em fim... se tudo lhe contrariar, lhe decepcionar e lhe fizer adoecer... ainda assim afirmo e garanto-lhe: Se você não conseguir perdoar, relevar, esquecer, desfazer
e recomeçar... é sinal de que, tudo aquilo que você viveu era e pode ter sido qualquer coisa que se queira chamar. Pode ter sido tudo - tudo mesmo - menos amor! Porque, amor é, com certeza, outra coisa! Amor é suportar o insuportável; é resistir ao irresistível; é tolerar o intolerável! É, isto sim, dar-se até o último dos seus esforços, até a última das suas lágrimas... Até o último dos seus suspiros! E isto, ao contrário do que podem estar dizendo muitos, não é masoquismo, nem falta de amor próprio. Por mais que assim pareça - Acreditem: Não o é! - É, isto sim, amor! E amor de verdade é aquele que é capaz de dar a vida pela pessoa amada! Amor de verdade não avança, espera; Não guarda, oferece; Não inibe, expande; Não prende mas... liberta! Assim, como prova do meu amor eu a liberto! Como prova do meu amor eu a deixo partir e... mais que isto! Como prova do meu amor, eu - acredite ou não - desejo-lhe, de todo meu coração, que você, não apenas seja livre mas, principalmente, que você alcance voos cada vez mais altos! Cada vez mais belos e isto, repito, não é porque eu seja um masoquista irremediável, mas sim, um eterno enamorado seu... que , sem saber explicar exatamente por quê, um dia começou a lhe amar e, até agora não sabe como fazer cessar esse que é o mais Platônico de todos os amores! Mas... não posso negar... durmo melhor esta noite! Claro, não porque a perdi, mas porque a libertei! E liberdade é, e sempre será, a maior prova de amor que alguém pode dar.
Por isso, voe!
Voe, passarinho...
Voe alto e sempre!
Mas... Prometa-me:
Nunca, nunca mesmo, deixe de voar!
Autor: Cláudio Selga
Foto: Domínio Público

26.8.09

Amanhã é vinte e três...


"Amanhã é vinte e três, são oito dias para o fim do mês... Faz tanto tempo que eu não te vejo - queria o teu beijo outra vez!" Canta a belíssima Paulinha Toller, do kid Abelha, grupo de sucesso inegável e de talento inquestionável! A letra dessa música aparenta retratar a saudade de um momento, uma época em que determinada simplicidade ou ingenuidade, pureza -  vá lá... havia e que agora já não há mais! Embora o tema dessa linda melodia nos remeta ao aparente relacionamento entre pais e filhos, certamente esta mesma questão repete-se em vários tipos de relacionamentos quando o primeiro amor, o primeiro pensar acaba dissipando-se. Às vezes por imaturidade, às vezes por deslumbramento de um mundo novo nunca antes imaginado, enfim: os motivos são o que menos importa. O preocupante é esse nosso esvaziamento mediante a mediocridade do fascínio bobo, típico dos que se deslumbram por tão pouco, unicamente por nunca ter experimentado o novo... por nunca ter conhecido nada que tivesse ido além dos próprios narizes! É aí que pensamos: Somos  - enfim - alguém!

Será mesmo?

Tomara que sim. Pelo menos assim estarei errado quanto a nós e todo este discurso terá sido apenas um mau-entendido, e tudo o que estou a dar por certo, na verdade está errado... e assim sendo, é muito melhor errar na opinião do que no amor!

Mas a verdade é que quando olho um seu retrato antigo, e vejo hoje essa sua pose de princesa...

- De onde você tirou?

 "Amanhã é vinte e três... São oito dias para o fim do mês"

Autor: Cláudio Selga
Foto:Paula Toller

Composição musical:George Israel/Paula Toller.

22.8.09

Solidão compartilhada

Para escrever bem é necessário deixar os escrúpulos de lado; fingir crer que ninguém nunca lerá o que se escreveu! Para se escrever bem é fundamental acreditar que você nunca será julgado por aquilo que disse, pelo que, direta ou indiretamente você insinuou! Para se escrever bem precisamos esquecer quem realmente somos e por um momento, um breve instante, acreditar ser o que na verdade não o somos; aparentar conhecer o que não conhecemos; aconselhar coisas que não praticamos; sugerir ideais que não construimos, nunca implantamos! Para se escrever bem
tem que se conhecer o choro, a dor, o suor, o desapontamento, a frustração, a mágoa, a traição - A deslealdade - Para se escrever bem tem que se viver mal! Curioso, não? Escrever bem não é ser, não é possuir, não é obter, não é reter nem absorver mas... Dividir, conceder, compartilhar... desaguar, como rio que corre pro mar, como água doce, cujo destino é saciar! Escrever é, isto sim, apontar destino que se quer alcançar! É ser agulha que orienta a bússola; é ser farol que expulsa a escuridão! Escrever bem é ser... estar.... ficar, em fim... qualquer coisa... desde que seja singular; Qualquer coisa que não divida lugar, que não se deixe acompanhar! Qualquer coisa que se queira, pode ser tudo, tudo mesmo, menos algo que lembre um outro olhar. Para se escrever bem há de si ser discípulo da solidão; Há de se viver na contra-mão! Há de se quebrar paradigmas, de discordar da multidão, de despertar aptidão! Para se escrever bem é indispensável paixão, emoção, comoção... mas também, irreverência, rebeldia, anarquia e
até uma pitada de indisciplina! Afinal, quando se escreve, escreve-se para o ser humano
que, por mais que este defenda a ordem, na verdade adora a irreverência... O inesperado - O reprovável! Para se escrever bem, acreditem, tem de se conhecer o que há de mau, porque... o que é bom é lucro. E, na vida, sempre preferimos achar que o lucro é obrigação da própria existência, e portanto, não há favor nenhum nas bênçãos recebidas. Há sim, pensamos nós - dívida... se elas se atrasam ou não chegam!
Autor: Cláudio E. Selga
Foto: Domínio público

16.8.09

Beleza é fundamental!


O Grande poeta brasileiro Vinícius de Moraes já dizia que beleza é fundamental. E é mesmo!
Não farei como o poeta, que antes de proferir sua sentença, pediu desculpas aos menos favorecidos
pela natureza. Mas... em sã consciência não é possível deixar de corroborar com tal ideia quando se está, por exemplo, diante de certas beldades que insistem em comparecer diante dos nossos olhos todos os dia, a todo instante, como corriqueiramente se vêem em nosso privilegiadíssimo país. Aqui há beleza para todos!
Aqui, não se apaixona por qualquer motivo, menos por falta de opção. Temos loiras maravilhosas, morenas inebriantes, ruivas estonteantes, negras desconcertantes, índias, mestiças, orientais, em fim... Não há preferência que não possa encontrar um par; não há gosto que não se dê por admirar! Seja por esta ou por aquela, qualquer alma por aqui há de encontrar alguém que deseja amar. Digo o que digo por experiência própria - não faz muito tempo, achando já ter visto de tudo nesta vida, eis que me deparei com aquela que... sem exagero algum, é a mulher mais linda que já tive o privilégio de apreciar em toda minha vida! O interessante neste caso, e talvez tenha sido este o visgo que me prendeu, a referida beldade não apenas era inacreditavelmente linda, mas também impressionantemente inteligente! Era a própria personificação do adágio popular que diz: "É chover no molhado" ou "É mel com açúcar!"
Assim, não posso contradizer ao pensador que institucionalizou a beleza como fundamental, mas, numa ousadia quase irresponsável, responderia ao ilustre poeta e compositor de letras inesquecíveis, Vinícius de moraes: Beleza é sim fundamental, mestre, mas... se não for coadjuvante fará da protagonista apenas um bibelô, uma bonequinha, manipulável que ora se coloca aqui, ora, acolá; e assim ela vai se adaptando, não ao que sempre quis e planejou pra mesma, mas sim, ao que os outros designaram para ela. É por isto que acho que me apaixonei! Não porque a garota que virou minha cabeça é, pelo menos em meu entendimento, a garota mais linda que meus olhos já avistaram, mas principalmente porque ela tem opinião própria, ideias, objetivos e, claro... uma beleza que se você a visse, poetinha, certamente essas tais virtudes lhe imporiam a melhor de todas as suas composições! Já posso até imaginar sua inspiração; Você diria: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça/ É a sabedoria que vem e me enlaça/ É a coisa mais linda que já vi passar..."
Acredite, poeta: Esta sim - com toda convicção, afirmo: Dentre todas as mais belas, é esta , com toda certeza, a mais belas de todas!
Autor:Cláudio E. Selga
Foto ilustrativa: Marisol Ribeiro

12.8.09

Cora Coralina


Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina

6.8.09

Cazuza

Carlos Drummond de Andrade

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

4.8.09

Nando Reis

Ana Carolina

Legião Urbana

Marina Lima - Acontecimentos

Elton John

Kenny G

Kenny G

Kid Abelha

Maria Rita

TUDO OUTRA VEZ

Mais um dia...
Mais um texto...

Mais uma dor...
Mais uma expectativa.

Mais uma música...
Mais um Pink Floyd...

Mais um...
Menos um... Tanto faz!

São assim os meus dias; todos os meus dias são assim!
Um texto, uma expectativa,um pink...

E, outra vez - Mais um... Mais um... Menos um!

São assim minhas expectativas: ora mais, ora menos... e assim vou sendo o que nunca fui, o que nunca sou, o que nunca serei!

Assim e assim...
Nada mais, nada menos...
Apenas assim!

Um... Dois e três!
E - de novo - Começa tudo outra vez!

Cláudio E. Selga.

30.7.09







Pensamentos: textos diversos Mário Quintana
...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ... Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... Um dia percebemos que o comum não nos atrai...Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

10.7.09



O pensamento apresenta-se como uma voz alta e clara para quem o exercita; porém edita-se também de forma inaudível para quem o negligencia. Há de se falar pouco, ouvir o bastante e pensar muito. Só assim haveremos de alcançar sabedoria. Não porque dissemos ou deixamos de dizer, nem porque ouvimos ou deixamos de ouvir, mas sim, pelo que pensamos e continuamos a pensar!