27.8.09

Liberdade! A maior prova de amor!


Às vezes faz-se necessária um prova de amor; na verdade, de uma grande prova de amor! Só assim, como a nota
sugere, será uma prova e não um balbucio, um engodo! As provas de amor sempre exigem muito de nós... às vezes, mais do que podemos suportar! Mas... por amor verdadeiro, da-mo-nos ao sacrifício que embora sempre seja doloroso é o único caminho capaz de retratar, de esboçar, de demonstrar e, quem sabe - E esse é o verdadeiro intuito - provar que realmente se ama!
O verdadeiro amor não guarda ressentimentos, não espera retorno, não cobra, não exige, não
vigia, não pede comprovantes... Apenas confia, deseja, projeta - Apenas ama e nada mais!
Todo o resto é pura consequência do que se ofereceu; e se o retorno não for o desejado, se o reflexo de tudo o que se depositou for absolutamente contrário a tudo o que se planejou e se almejou... em fim... se tudo lhe contrariar, lhe decepcionar e lhe fizer adoecer... ainda assim afirmo e garanto-lhe: Se você não conseguir perdoar, relevar, esquecer, desfazer
e recomeçar... é sinal de que, tudo aquilo que você viveu era e pode ter sido qualquer coisa que se queira chamar. Pode ter sido tudo - tudo mesmo - menos amor! Porque, amor é, com certeza, outra coisa! Amor é suportar o insuportável; é resistir ao irresistível; é tolerar o intolerável! É, isto sim, dar-se até o último dos seus esforços, até a última das suas lágrimas... Até o último dos seus suspiros! E isto, ao contrário do que podem estar dizendo muitos, não é masoquismo, nem falta de amor próprio. Por mais que assim pareça - Acreditem: Não o é! - É, isto sim, amor! E amor de verdade é aquele que é capaz de dar a vida pela pessoa amada! Amor de verdade não avança, espera; Não guarda, oferece; Não inibe, expande; Não prende mas... liberta! Assim, como prova do meu amor eu a liberto! Como prova do meu amor eu a deixo partir e... mais que isto! Como prova do meu amor, eu - acredite ou não - desejo-lhe, de todo meu coração, que você, não apenas seja livre mas, principalmente, que você alcance voos cada vez mais altos! Cada vez mais belos e isto, repito, não é porque eu seja um masoquista irremediável, mas sim, um eterno enamorado seu... que , sem saber explicar exatamente por quê, um dia começou a lhe amar e, até agora não sabe como fazer cessar esse que é o mais Platônico de todos os amores! Mas... não posso negar... durmo melhor esta noite! Claro, não porque a perdi, mas porque a libertei! E liberdade é, e sempre será, a maior prova de amor que alguém pode dar.
Por isso, voe!
Voe, passarinho...
Voe alto e sempre!
Mas... Prometa-me:
Nunca, nunca mesmo, deixe de voar!
Autor: Cláudio Selga
Foto: Domínio Público

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