27.9.09

O reencontro

Esta semana foi para mim uma semana muito especial por uma razão única! Sem querer menosprezar os demais acontecimentos que me acometeram, houve um em particular que me causou grande satisfação e enorme alegria! Refiro-me ao reencontro, ainda que virtual, que tive o prazer de vivenciar ao descobrir em um site de relacionamentos aquele que certamente ocupa, dentre o meu seleto rol de amigos, um lugar de grande destaque. Trata-se do grande homem, amigo, colega de trabalho, companheiro de tantas chuvas e ao mesmo tempo de tantas risadas, Marcello Quege! Que saudades, amigo! Reencontrá-lo foi para mim motivo de grande alegria; alegria aliás, que com a sua partida diminuiu - e muito. Mas eu sei que sua partida era mais que necessária porque nosso país, pelo menos até então, não era capaz de perceber o seu talento que somente os mais atentos podiam notar. Marcellão, acredite no que vou lhe dizer agora pois o faço, Deus sabe, de todo o meu coração: Você merece cada coisa boa que lhe acontece! Sabe porquê digo isto? Não é porque sempre fui seu amigo e agora não me caberia comentário contrário, não. Não é por isso, não! É porquê, entre outras coisas, há uma que você mesmo se refere em sua página inícial do Orkut e que é uma das maiores verdades sobre você mesmo - e que é exatamente o que tento dizer agora; lá você diz com toda propriedade do mundo: "...tenho dezesseis anos de idade mental e sem previsão de melhora..." Cara, isso é a mais pura verdade sobre você e... por favor acredite Marcello, é isso o que faz de você essa pessoa absolutamente especial, absolutamente única, engraçada, inteligente, interessante e bonita! Feliz sou eu por conhecer alguém assim como você e poder dizer com o peito cheio - não de orgulho - pois aprendi que essa palavra só possui uma denotação e esta... negativa;  mas com o peito cheio de satisfação e alegria ao ponto de exclamar: Eu tenho um amigão, e o nome dele é Quege... Marcello Quege!

Valeu, irmão! Que Deus continue lhe abençoando como assim você o tem testemuhado e que a vida lhe reserve, pelo menos no que depender de mim, tudo... mas tudo mesmo de bom!

Autor: Cláudio Selga
Foto: Marcello Quege e família


7.9.09

Blade Runner - O caçador de andróides

Sou um apaixonado pelo cinema por motivos que certamente tomariam toda esta crônica sem que eu pudesse exaurir todas as razões que me fazem fã da sétima arte. Hoje decidi fazer uma espécie de tributo nostálgico aquela que foi, é, e será sempre uma das maiores obra-primas da cinematografia mundial! Como o título sugere, refiro-me a Blade Runner - O caçador de andróides. Para os que amam cinema certamente não é necessário entrar
em muitos detalhes que, para estes, não passariam de redundâncias mais que conhecidas pelos amantes da boa arte cinematográfica. Mas para os que não tiveram o prazer e o privilégio de assistir a uma das maiores obras do diretor Ridley Scott, aqui vai uma palinha: Blade Runner, filme baseado no livro "Do androids dream of eletric sheep"
de Philip K. Dirk, realizado no ano de 1982 e protagonizado por Herinson Ford e Rutger Hauer, trata de um momento da história humana em que a tecnologia que outrora era motivo apenas de orgulho, agora é razão de grande preocupação! A ficção reporta-se ao então distante ano de 2019, quando a humanidade vivendo um momento único entre a aceleração científica e a necessidade de realizar trabalhos considerados para além da capacidade física humana, constrói andróides que, embora impressionantemente parecidos com a raça humana, não possuíam as limitações da mesma, transformando-se assim em operários mais que habilitados para o trabalho árduo e difícil, em atmosferas e circunstâncias tão inóspitas para nós seres humanos, quanto o espaço sideral por exemplo, para onde, segundo o autor da trama, parece estar o futuro não promissor, mais único, para a humanidade.

É nesse cenário entre o caos e a a avançada tecnologia que ocorre um motim por parte dos andróides que, com certa autonomia de raciocínio, não se conformam com o breve limite de tempo dado a eles para sua própria existência: Quatro anos!

Insatisfeitos com tal limite de "vida", insurgem-se numa tentativa de encontrar o seu criador na expectativa de ampliar sua autonomia de existência. É quando surge o personagem de Herinson Ford - um policial aposentado, mas com grande experiência em captura de andróides - com a missão de conter a rebelião.

Na verdade a história é muito mais que um simples filme de ação em que vemos perseguições psicodélicas e estonteantes pelas ruas de grandes cidades. É, na verdade, um filme que nos faz refletir sobre nós mesmos, quando nos apanhamos investindo no velho questionamento do tipo: De onde viemos? Quem somos? Por quê estamos aqui? Para onde vamos? Qual é o nosso real propósito nesta vida? Enfim, todas estas questões tão comuns a nosso respeito e que foram transcritas através da linguagem literária de Philip K. Dirk e pela cinematográfica de Ridley Scott!

Além do elenco que está com uma atuação simplesmente fantástica - em especial Herinson Ford, como protagonista no papel de Deckard e Sean Young no de Rachael, faço aqui o maior dos meus elogios ao filme: Ainda que todos os aspectos do filme tenham feito eu me apaixonar por ele, jamais, e repito, jamais poderia encerrar este comentário sem citar aquele que foi, e será sempre, o aspecto que mais me impressionou nesta obra: A trilha sonora!

Totalmente elaborada pelo aclamado compositor grego - mesmo autor da trilha de Carruagem de fogo, com a qual ganhou o Oscar de melhor música de 1981 - Vangelis Papathanassiuo, em Blade Runner, com seus arranjos e adaptações de Clássicos como: (Love Theme; Main Title; One More Kiss, Dear) consegue, quase que de maneira sobre-natural, nos levar ao cume da trama como se para tal não fosse preciso visualizar os acontecimentos que se perpetuam e dão forma e consistência a todo o contexto do filme!

Em Blade Runner, mais do que nunca, é possível se perceber a relação entre o que se vê e o que se ouve em um filme! São ferramentas distintas na forma, mas coadjuvantes na mensagem que, quando manipuladas por quem é do ramo unem-se em prol do enrredo que é o responsável pelo desenvolvimento da ideia básica. Assim, o expectador que dispõe dessa sensibilidade é muito mais capaz de desfrutar do privilégio de -las juntas e de saboreá-las unidas conseguindo portanto absorver da trama um aspecto muito particular, muito pessoal, muito próprio ao ponto de acabar possuindo uma parte da obra para que nenhum cineasta jamais poderia oferecer por si só; jamais poderia transmitir solitariamente por uma razão muito simples: Este ângulo, absolutamente pessoal que você acaba obtendo, apartir do que você viu, entrelaçado com o que você ouviu, traduz-se em em um aspecto único agora marcado e registrado unicamente em sua memória...

- Blade Runner é muito mais que um filme!

 É, isto sim, um épico que nos faz refletir, questionar, arrazoar a respeito da nossa existência, da nossa estadia aqui... Neste lugar...

Nesta vida...

Nesta  grande e linda família chamada - HUMANIDADE!


Autor: Cláudio Selga
Foto: Blade Runner - O Filme


6.9.09

Rê, como eu gosto de você!


"Minha alma canta... Vejo o Rio de Janeiro..."

Nunca esperei receber um presente desta cidade. Mas qual não foi a minha surpresa quando num encontro mais do que fortuito conheci você! Tantos bares para eu entrar, tantas mesas para eu me sentar e no entanto, foi ao alcance dos seus olhos que eu me postei. Era pouco mais do que sete da noite. Eu,
cansado, impaciente e faminto. Você, linda, loira e sorrindo!
Sua imagem, não esqueço jamais: Vestia um azul anil!

À cintura podia-se ver um laço que fazia fronteira entre seu farto busto e o armonioso declive abdominal que moldava o seu modelito descendo até à altura dos joelhos.

Uma fina corrente de ouro repousava brilhante sobre seu colo.

Emoldurando seu rosto havia apenas um brinco. Notei que não usava maquiagem - menos mau, nunca gostei mesmo!

Sem poder acreditar percebi que você olhava em  minha direção!

Claro, não pude evitar uma olhada ao redor procurando alguém que pelo menos não estivesse vestindo um macacão náutico, cheio de graxa como eu.

Você percebeu e sorriu.

Acho que nunca me senti tão inseguro em toda minha vida - nunca dormi melhor também!

O resto da história você sabe tão bem quanto eu.

Não devia dizer isso, mas... é um risco que quero correr:

Até hoje, para mim, nosso encontro parece ter sido uma fantasia... um conto de fadas - Um romance inefável! Foi assim, desta forma extraordinária que esta sua cidade, que já exercia um fascínio todo especial sobre mim desde às minhas primeiras viagens que fiz para cá - e olha que foram muitas e muitas... e desde muito tempo atrás - hoje resolveu me presentear com o seu encanto, com o seu carinho, com o seu calor, com os seus beijos... com o seu amor!

Valeu, Rio...

Valeu, Rê!

Só uma mulher especial como você, para fazer um homem simples como eu perceber
o quanto ele pode ter, o quanto ele pode alcançar, o quanto ele pode ser  sem que
nunca antes o tenha sido!

É por isso que não posso mais chegar à sua cidade sem me lembrar
de você. Sem desejar ir ao Leme, caminhar por Cópa e depois beber um chope gelado no posto Um ao seu lado e... olhar... e olhar...

Olhar este seu mar... respirar esse seu ar e... finalmente sorrir!

Sorrir e sorrir, sem nada falar... só pela felicidade de poder olhar você, brindar o seu ser!

Agora posso entender o Tom quando sábia e poeticamente, dizia: "Rio, como eu gosto de você..."
Quanto a mim...

Digo apenas...

Rê...

- Como eu gosto de você, garota!!!!!!!!!


Autor: Cláudio Selga
Foto: Renata...